domingo, 25 de janeiro de 2009

Delírios de um Tal Dia 10 de Dezembro

Os sentimentos se revoltam em mim: entram e saem como poeira pela janela. "Os passos devem ser limpos, o corpo tem que no eixo". Hoje eu tenho espaço, tenho tempo e não sei usá-lo. Meu corpo se desvai de mim e eu apenas lamento. Os passos da valsa estão errados e mais redondos do que deveriam. Talvez se eu esperasse menos...

Aquela música... Aquela música me invade como ar aos afogados e sinto desejo de dançar. Bailar como crianças na chuva, no ritmo do mar e das gotas. Expandir meu domínio, meu pulmão, sentir outros cheiros. Aquela música... Que me exalta a alma e explode o espírito. Aquela música me torna a esperança da juventude, mesmo quanto o espelho mostra a diferença dos dias. Estou viva. E nada nesse mundo pode me provar o contrário enquanto as pálpebras não fecharem pela última vez.

E a música volta, e a explosão continua. O ar tem cheiro de maresia. A pele tem a maciez do suor. Ainda há tempo. Ainda é tempo.

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