segunda-feira, 23 de junho de 2008

Exagerado - Cazuza


(...) Paixão cruel, desenfreada

Te trago mil rosas roubadas

Pra desculpar minhas mentiras

Minhas mancadas (...)


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Propaganda

Minha falta de vontade de criar e meu desejo de manter isso sempre atual me forçou a postar um comentário que eu fiz em um blog amigo: http://teoriadoflogistico.blogspot.com/. O comentário saiu de um texo chamado "Uma Estória Subterrânea". A história ficou legal e meu comentário também. Foi espontâneo, sem correções nem modificações. Foi o meu esboço de mim.

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Seria falso moralismo eu dizer que sempre gostei de crianças. Na verdade, eu na posição de filha mulher e mais velha, tendo mais quatro irmãos mais novos, sempre me senti na obrigação de odiá-las. Crianças: Blagh! Choram, bagunçam a sala e riscam minhas bonecas!!

O fato é que o tempo vai passando e você deixa de ser criança também. Além disso você larga o colo da mãe, a cama quentinha... Vai se aventurar num mundo sem-eira-nem-beira e deixa tudo lá em casa. As bonecas riscadas vão pro lixo e as não-riscadas são doadas. As roupas coloridas são taxadas de ridículas e você compra um jeans e uma blusinha preta. A inoscência vai acabando...

Aí quando de repente, não mas que de repente, quando seus irmãos mais novos não são mais tão mais novos assim aparece um bebezinho. Mais um irmãozinho. E agora?! Consenso geral: FUDEU! Mas o que realmente houve foi um crescimento de amor, uma saudade de criança e um valor e respeito a qualquer idade diferente da sua.

Sim eu gosto de crianças. Adoro o jeito como os bebês deixam os olhos arregalados e bem abertos como se quisessem ver o mundo de uma só vez. E aquele sorriso feio e sem dente? É tão feinho que a gente até se comove!

Meu irmão está na fase de bater palminhas, fica todo mundo em volta que nem idiota batendo palmas e cantando uma música estúpida só esperando ele acompanhar... É tão ridículo... É tão lindo! Aposto que ele ri das nossas caras, não porque acha aquilo realmente legal. Ou senão ele faz o papel dele né?! Assim como minha mãe dá o leite, ele tem que dar a diversão!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dose de Cultura do Dia

Hoje eu não tenho vontade de escrever nada demais. Não tive idéias boas, nem passei por situações cômicas ou que valessem a pena várias frases diferentes. Coisas aconteceram. Coisas acontecem sempre! Mas nem sempre a gente tem vontade de contar.
Agora ainda é de manhã e o máximo que eu fiz foi andar até aqui. O dia está triste e, depende do lugar, e difícil ver o próximo poste. Está frio. Está estranho. Hoje no café ouvi músicas como sempre. Comi meu cereal com leite e morangos como sempre. Acordei como sempre. Fiz coisas, até agora, como sempre. E como sempre pensei na vida como algo distante e próximo demais...



Chão de Giz - Zé Ramalho

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre um chão de giz
Ah, meros devaneios tolos a me torturar!
Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde...
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Disparo balas de canhão
É inútil pois existe um grão-vizir
Há tantas violetas velhas sem um colibri
Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom
Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar
Meus vinte anos de boy, that's over baby!
Freud explica
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval
E isso explica por que o sexo é assunto popular.
No mais estou indo embora,
no mais estou indo embora
No mais

sexta-feira, 13 de junho de 2008

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Tempo........................................

......................Tempo.........................

...........Tempo.................................

.........................Tempo.........................

..........Tempo..............................

..........................Tempo!.........................



Enfim passou o tempo que a gente tanto esperou passar.


E só a saudade ficou.

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Demasiadamente...

Demasiadamente porque eu demasiadamente sinto... Demasiadamente penso... Demasiadamente sonho... Demasiadamente escrevo... Demasiadamente VIVO!...

Ai, esse excesso de viver!!

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

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É isso! isso, mais nada!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Houve um Dia...

Houve um dia que por um motivo qualquer eu achei melhor ouvir. Já que meus olhos não viam mais, resolvi escutar os sons que me tirariam do inferno. Foi então que guardei o MP3 na mala pesada e comecei a reparar na rua. Eram gatos, cachorros e grilos, a TV ligando na novela das oito, o cara chigando o outro e buzinas por todos os lados. Era o caos mas também era a paz com seus silêncios momentâneos e bichos escondidos nas árvores.

Olhei para o céu e só pude ver a escuridão imensa e opaca que minha cegueira permitiu. Senti medo. Tive horror e me senti sozinha como algumas poucas vezes. Lembrei de um tempo maldito, tive visões. Houve uma mistura de angústia e dor. O vazio dominou meu corpo e já não haviam sons, era só a tristeza. Era simples: estava sozinha... Abandonada a própria sorte nesse mundo de ninguém. Nada poderia mudar isso. Nada... Nada...

Com lágrimas de algum sentimento ruim que eu não saberia explicar, coloquei as mãos sobre os olhos e chorei. Chorei um choro acumulado de meses, um choro quase infantil. Um coro de soluços e lamentos que durou tão pouco quanto merecia. Ainda sem abrir os olhos eu senti... Acima de tudo, eu senti! Era o sabor das lágrimas matando a sede de anos, era o cheiro de um suspiro de vida entrando novamente, era a sensação do vento penteando meus cabelos e abraçando minha alma. Era, finalmente, o som do mundo gritando que havia um lugar para mim.

Resolvi abrir os olhos e a imensidão não me deu mais medo. Na verdade ela me trouxe felicidade, me trouxe a alegria de entender definitivamente que eu nunca estive sozinha. Havia sempre outra pessoa que andava junto comigo e mesmo sem vê-la eu pude saber que ela existia. Pude me ver feliz, essa felicidade que a gente decide sentir sem ter porque e se torna parte da gente.

Depois disso comecei a escutar mais. Ver as pessoas já não era mais suficiente, as imagens podem ser falsas. As palavras não precisam ser verdadeiras, mas pelo menos foram ditas e se tornam um fato. Já olhares não provam nada do que as palavras desmentem... Comecei então a não ter medo, comecei a gostar da minha própria companhia. Aprendi a me amar e tirar o pior de mim. Aprendi a ser feliz.

Tudo isso porque houve um dia... Independente de tudo houve um dia... E ainda haverão muitos outros...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

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Não que o passado não seja importante, mas já passou! A gente precisa viver agora e pensar lá na frente... E finalmente viver mais.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Como Você é Jovem!!!

“Nossa! Como você é novinha!”

A história já começou assim. Na hora dei um sorriso amarelo e concordei “É, sou mesmo né?!”. Mas ela continuou a falar sobre minha idade. Comecei a me sentir mal. Uma hora depois de muita conversa ela resolve perguntar quantos ano tenho e reage com tanta surpresa! Oras!!!...

Mas a verdade é que o comentário me incomodou. Tenho tanta cara de idosa assim? Minhas olheiras e frases sérias já me tiraram tantos anos?! Ou será que me deram vários?... Nada contra ter mais idade, nada mesmo! Afinal é com os anos que a gente aprende a viver melhor não é? Portanto, que venham os aniversários!

É que aquele olhar misturando susto com nojo de juventude me deixou cabreira. Qual o problema de ser mais responsável? Será que ela pensou isso?! Droga... Acho que não. Ah, tudo bem! Meu dia foi cansativo, andei muito, tive trabalho demais e por isso estou infinitamente cansada e com cara de acabada! É!... Isso mesmo! E outra, não é que eu tivesse com cara de velha, mas ela sentiu em mim mais experiência, mais estabilidade e essas coisas que nossos pais deveriam ter. Certo?!

Bom... É... Hmm... Tudo bem! Parei! Não vou me enganar, essa vida está realmente transformando meses em anos... Mas e daí?! Oh céus! Esses pensamentos de privada e banheiro me matam!!!

PS.: Antes de sair ela ainda disse:
-Cuidado viu! Você é muito novinha!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Dia Em Que Eu Dei Um Amigo Para O Zé

Era uma tarde dessas comuns. O cansaço do ócio provocou em nossas mentes insanas uma idéia mirabolante! Por quê não conhecer o, até então, desconhecido?! Era nossa chance! Era o momento em que tínhamos tempo e que poderíamos gastá-lo de qualquer maneira! Levantamo-nos dos sofás e saímos do prédio frio.

O sol e o brilho do dia ofuscava nossa visão, mas continuamos andando. Entramos no carro e seguimos em frente. O único pensamento era “por quê não?!”. Estávamos na porta do local e resolvemos nos sentar na calçada. Um indivíduo se mostrou muito acolhedor e tornou-se amigos de todos. Todos não! Especialmente do Zé.

A simpatia por ele era eminente e pudemos observar uma grande amizade nascendo entre os dois. O indivíduo apresentava o Zé para todos. Era como uma grande família que recebia mais um membro. A próxima frase que eu ouvi foi: “Porra Bambi... Que boteco sujo e que cara estranho! Essa Bambi só fode!”